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INSTABILIDADE DO OMBRO (LUXAÇÃO)

luxação do ombro, também conhecida como instabilidade do ombro

A instabilidade do ombro ocorre quando a articulação glenoumeral, que liga o úmero (osso do braço) à escápula (omoplata), perde sua capacidade de se manter estável, fazendo com que o ombro “saia do lugar”. Essa condição pode ser resultado de uma luxação traumática (quando o ombro se desloca completamente) ou de episódios repetidos de microinstabilidade, que causam dor e sensação de que o ombro vai se deslocar.

Quando esses episódios se tornam frequentes, o quadro é chamado de instabilidade crônica do ombro.

Sintomas

Os sinais e sintomas mais comuns de instabilidade do ombro incluem:

  • Dor recorrente, especialmente durante atividades físicas;

  • Sensação de falseio ou de que o ombro vai sair do lugar;

  • Episódios de luxação (com necessidade ou não de redução médica);

  • Fraqueza muscular e limitação de movimentos;

  • Queda de rendimento esportivo.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio da história clínica, exame físico e testes específicos que avaliam a estabilidade articular. Para confirmação e avaliação da extensão das lesões associadas, o médico pode solicitar:

  • Radiografia: para verificar lesões ósseas após episódios de luxação;

  • Ressonância Magnética (com contraste): permite avaliar lesões nos ligamentos, cartilagens e no lábio glenoidal (lesão de Bankart);

  • Tomografia Computadorizada: usada para planejamento cirúrgico, especialmente em casos com perda óssea significativa.

Prognóstico

Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes retoma suas atividades com segurança. O acompanhamento médico e a reabilitação são fundamentais para garantir a estabilidade do ombro e evitar recidivas.

Causas

As principais causas da instabilidade do ombro incluem:

  • Traumas diretos ou quedas com o braço em posição vulnerável (principal causa de luxações);

  • Esportes de contato ou com movimentos repetitivos acima da cabeça (como vôlei, natação ou arremesso);

  • Luxação anterior mal tratada, que compromete os ligamentos e estruturas estabilizadoras;

  • Fatores genéticos ou frouxidão ligamentar (em pessoas com maior mobilidade articular).

Tratamento

O tratamento depende do número de episódios de luxação, da idade do paciente, nível de atividade física e grau de comprometimento estrutural da articulação.

 

Conservador (não cirúrgico)

Pode ser indicado para casos iniciais ou com instabilidade leve:

  • Fisioterapia para fortalecimento da musculatura estabilizadora (especialmente manguito rotador e deltoide);

  • Reeducação postural e correção de movimentos esportivos;

  • Modificação das atividades que causam instabilidade.

 

Cirúrgico

Indicado em casos de instabilidade crônica, recorrente ou com lesões associadas:

  • Reparo artroscópico das estruturas lesionadas (como o lábio glenoidal);

  • Procedimentos de estabilização óssea (como Latarjet), em casos com perda óssea relevante.

A cirurgia visa restaurar a estabilidade da articulação, prevenindo novos episódios e permitindo o retorno seguro às atividades esportivas e cotidianas.

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